sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

coisas que são possíveis...

Ontem encontrei uma colega minha, que sempre foi muito forte, pra cima, bem humorada, e tudo mais.
Mas ela não estava legal. Depressão.
Mexeu comigo ver o que esse mal pode fazer, a insegurança na qual se fica, na incerteza na qual se vive. Fiquei triste.
Mas, por outro lado essas coisas ajudam a gente a se lembrar de uma palavra: limite.
Temos um limite e se a gente insiste em forçar, uma hora ou outra ele nos força a dar uma parada.
Coisas que são possíveis...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

preparar para a vida

Ontem estava eu em uma reunião na escola de meu filho. A diretora contava do projeto pedagógico da escola e da opção pela extensão do trabalho de professores polivalentes até a sexta série, o que deixou alguns pais preocupados, mas sobre isso falo outro dia... hoje queria me deter em uma pergunta de um pai... o dado é que a escola tem como fama não preparar os alunos para o vestibular e nem incentivar em sala de aula a competitividade agressiva em torno de objetivos pessoais, mas sim em direção ao bem comum. A pergunta foi nessa linha: porque que a escola não se esforça para preparar os alunos para a vida? Isso porque todos sabemos que o vestibular existe e que lá fora a briga é feia.
Fiquei pensando... sabemos disso, mas será que temos que concordar e reforçar esse aspecto? Isso porque se eu me proponho a preparar as crianças para esse contexto, me proponho a perpetuá-lo... talvez até sem perceber, eu concordo com ele.
Será que preparar para a vida se resume a treinar os jovens para se sair bem em uma prova? Será que preparar para a vida é exacerbar nas crianças a pressa por chegar na frente dos outros e ser um vencedor solitário em detrimento de outros (os perdedores ou fracassados)?
No vou entrar no mérito, discursivamente já entrando, de quem está certo... só acho uma pena que haja opiniões nessa linha e, o pior, que crianças de diversas escolas estejam sendo, prioritaria e especificamente, preparadas para isso.
Competir existe e pode ser gostoso, mas há tantas outras coisas entre a competição e a linha de chegada...

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

sonho bom...

Uma colega de trabalho super legal está nos deixando.
Ela fez pedagogia e tem o sonho de ser professora. Está pedindo demissão de um emprego no qual ganha mais para ir atrás de seu sonho.
Está trocando um emprego por uma profissão.
Isso é muito legal... vai dar o maior trabalho ficar sem a organização e o bom humor dela, mas é ótimo saber que uma pessoa tão boa de coração e dedicada vai trabalhar como professora de 1a série em uma escola pública na periferia de Guarulhos.
Essas crianças têm sorte. O Estado tem sorte.
Apesar de tudo pelo que passam os professores que atuam na Rede, sempre aparece alguém que tem como sonho ser professor.
E olha que não estou falando de vocação. Acredito mais no profissionalismo que em uma missão... o que não exclue a busca do sonho. Um sonho de ser profissional e crescer na carreira não importando em que circunstâncias esse trabalho se dará.
Hoje de manhã ela estava contando de seu primeiro dia. Ouvi, ouvi, ouvi e antes de sair falei comigo mesmo: "que legal... mais uma pessoa feliz!"

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

na Castelo...

Ontem estava a fim de acelerar um pouco mais. Saí da Marginal Pinheiros e segui pela Castelo Branco com a Marvada, minha moto.
Ia tranquilo até que percebi que o outro lado da estrada estava super parado em virtude de um acidente.
Voltei por dentro de Barueri, cheguei em Alphaville e peguei a estrada sentido Sampa novamente.
Ao chegar em casa vi na TV o que tinha acontecido. Um bancário de 37 anos, viajando sentido interior-capital, repentinamente, fez uma curva na pista em que estava e voltou em alta velocidade na contramão. Por quatro quilometros muitos se assustaram, mas conseguiram desviar, até que um caminhão não conseguiu e a jornada terminou com a morte do suicida.
Isso mexeu comigo... e não porque estava perto do ocorrido, mas sim por tentar imaginar o que pode levar a alguém a uma atitude desesperada dessa... uma atitude que além da própria vida poderia ter causado tanto dor e sofrimento a outras pessoas... não sei, e nem consigo imaginar.