terça-feira, 14 de outubro de 2008

Feliz Dia dos Transgressores

O ser professor em várias partes do mundo é uma profissão muito respeitada. No entanto, também em várias partes do mundo, é pouco valorizado. Fico pensando, muitas vezes no porquê e acho que tem causas extremamente diversas.

Uma delas que me chama a atenção é que acaba caindo para a nossa responsabilidade materializar para os alunos muitas das mudanças pelas quais a sociedade está passando, sem que estejamos muitas vezes preparados para isso. Mas o que significa estar preparado para atualizar em sala de aula tantas expectativas e transformações?

Certamente, na minha opinião, não significa passar por "treinamentos" ou "capacitações". É claro que isso ajuda, mas não é só. Penso que estar preparado para atuar na contemporaneidade, é se sentir bem em saber que não há preparação que possa ser dada como concluída.

Acredito que um processo de preparação envolva um trabalho extenso e longitudinal do professor para a reflexão sobre a sua prática. O exercício da reflexão nos ensina a trabalhar com o inconcluso, com o por vir, com o que não temos controle. A reflexão nos mostra, muitas vezes, que não há nada de errado em não saber onde uma tarefa vai dar, isso porque certamente será melhor do que ficar lutando contra tudo e contra todos para que ela dê em lugar pré-determinado.

As certezas maiores me parecem cada vez menores.

Com isso, no entanto, não defendo uma anarquia pedagógica. Pelo contrário. Defendo que os professores possam se organizar e seguir parâmetros, mas que, naturalmente, com responsabilidade, seriedade, conhecimento e sabedoria possam transgredir.

A transgressão depende do conhecimento das regras, afinal, você só sabe que está fazendo algo que não está no planejamento se conhecer o planejamento.

Portanto trangressores, feliz dia dos professores, ou melhor, professores, feliz dia dos transgressores para nós que de alguma forma transgredimos em maior ou menor escala, sempre buscando algo melhor para nossos alunos, para nossa comunidade, para nossa profissão, para as crianças, para nossa sociedade.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

VI Aniversário dos Vulcaneiros do Brasil

Apesar de estar postando com quase 1 mês de atraso...

Sexta-feira, dia 12 de setembro de 2008... mais de 23h00 e estava difícil de dormir. Será que ia chover? Bom, o Feliz estava certo. Com chuva ou com Sol, estaria lá e ia de moto. Afinal, quando resolvi depois de 21 anos comprar minha Vulcan, a Doutora, era exatamente para isso: para conhecer gente boa, me divertir e sentir o vento bater na cara e, se estivesse na estrada, que viesse também a chuva.

Dormi, mas antes das 05h00 acordei. Vira pra lá, vira pra cá e nada do sono voltar. Demorou mas chegou a hora. Coloquei minhas coisas nos alforjes, e fui. Ainda na Marginal do Tietê via passar algumas motos e ficava imaginando: será que é Vulcaneiro, até que vi em uma Magna a bandeirinha amarela de um aniversário passado. Não tive dúvida... alinhei e segui meu novo amigo, mesmo sem saber quem era. Sabia quese era Vulcaneiro era de confiança. O Chico ex-Viragueiro deve terestranhado. Quem seria aquele estranho seguindo ele... Chegamos no local de encontro na Castelo e lá comecei a sentir o astral legal do grupo: Chileno e sua esposa, Wagnão, esposa e dois lindos filhos, Sérgio, Rogério e Adriana, enfim... todos ávidos para pegar a estrada e encontrar os outros que estavam em LaranjalPaulista.

Com as capas vestidas saímos pela Castelo em um grupo de seis motos. Chuva, transito, um pouco de frio e a felicidade e o conforto de me sentir em casa, indo ver e conhecer amigos.


Saímos da Castelo, passamos por Cerquilho e chegamos na Rodovia Mal.Rondon. Pista simples, com um pouco mais de curvas que me permitiam me emocionar ao ver aquelas motos uma atrás da outra desfilando pela estrada e fazendo babar quem tinha a chance de nos ver. Depois de alguns minutos, uma imensa Laranja à beira da estrada, conforme a descrição do nosso anfitrião. Estávamos quase lá e de repente o posto Maristela. Foi engraçado o frentista do posto... ele tinha uma alegria em nos atender que era muito legal... era possível sentir o respeito dele em ver amigos (recém conhecidos) que ao chegar no posto se cumprimentavam e se agradeciam pela companheirismo e pelo cuidado mútuo na estrada.

Chegamos à Chácara e, se por um lado foi chato não ter participado do passeio pela cidade de Laranjal, por outro, foi impagável ver todas as motos chegando em caravana: Vulcans, Harleys, o triciclo movido à rapadura, Hondas, todos com suas buzinas, sirenes, motores, e principalmente, com largos sorrisos de satisfação em ver e rever os amigos que já estavam no local. Daí pra frente, não preciso escrever... aliás, é impossível narrar o quanto me senti bem na companhia do pessoal. Cada bate papo, cada lembrança de que os novatos tinham que lavar as motos, cada história, do Juca e cia com a bandeira dos ex-vulcaneiros, com o Reinaldo e sua família, personificação da alegria, tentado explicar o tróféu cavalete de ouro... e eu com os novos "Zés": Zé Rebola, Zé Garçon, Zé Curva Quadrada (eu mesmo) entre tantos outros queridos "Zés", ZésVulcaneiros que aprendi a admirar e, depois de Laranjal, me orgulhar por me sentir um, novato, porém Vulcaneiro.

À noite, jantando com meu filho e contando para ele do churrasco, minha esposa me disse: você está feliz né? Respondi... estou, dá para ver? E ela disse, tá na cara... no coração.



quinta-feira, 7 de agosto de 2008

uma imagem que faz pensar

Há algum tempo tenho a convicção de que as crianças ficam muito expostas à mídia, de uma forma gera, sem uma mediação de adultos que possa ajudá-las a entender vários mecanismos do consumo e da persuasão.

Essas idéias clarearam muito quando fiz um curso de Antropologia da Infância com a Adriana Friedmann... criança precisa de tempo para ser criança, para ter infância...

Daí, na Agência Estado me deparo com uma foto que me fez pensar... olhem só...

sexta-feira, 25 de julho de 2008

a presença humana

Estou no Rio em uma reunião. Cheguei ontem à noite.
Impressionante o que a mão de Deus conseguiu fazer nesse pedaço do Brasil. A TV é ineficiente em mostrar o quão bela é essa cidade.
É impressionante.
Porém também é impressionante olhar um pouco além e ver a presença humana e suas conseqüências.
Como se pode deixar um lugar tão bonito com pessoas tão simpáticas chegar nesse grau de deterioração?
São os contrastes que, normalmente, existem em várias cidades mas que no Rio, em virtude de sua topografia e beleza ficam muito mais escancarados.
E daí quando a gente conta que está no Rio perguntam se estamos de colete à prova de balas... que pena...

quinta-feira, 19 de junho de 2008

olha eu lá...

Na Revista da Livraria Cultura, edição de junho, tem um trecho de uma entrevista minha sobre a melhor época para colocar as crianças para aprender inglês... O link é:

Do you speak English?

Espero que gostem.

vontade

O Marcos adverte:

"Jogo da Seleção Brasileira é considerado a nova descoberta da Medicina para a cura da insônia."

Mas ainda pode piorar... de cada 10 entrevistas após o jogo, 11 exaltavam o fato do time estar mais disposto e com mais vontade em campo.

Helloooo... até onde meu entendimento consegue chegar, isso não deveria ser considerado adjetivo, mas sim obrigação, pré-requisito.

É inimaginável que o grupo (uma palavra adorada nesse contexto) não tenha vontade e disposição. O que será que eles esperam? Que a gente os aplauda porque têm vontade?

Ora, ora... Parabéns a todos! É incrível o que conseguem fazer com a Seleção Brasileira... acho que é para testar se somos mesmo apaixonados pelo Futebol.
E ainda concedem entrevista com aquela cara de modelo da Fashion Week, tipo, estou fazendo um favor de reconhecer que além de meu ego outras coisas habitam esse mundo...

Ora... ora...

sexta-feira, 6 de junho de 2008

o que escrever?

Uma das coisas chatas de não escrever com frequência no blog é que quando a gente se propõe a fazê-lo, fica numa baita dúvida sobre o que escrever.
Assunto tem... por exemplo, a cara de pau do governo de querer ressuscitar a CPMF e de ficar liberando emendas de parlamentares num ato de compra de votos quase que explícita.
Ou ainda das declarações da ex-prefeita Martha Suplicy que agora quer, na campanha, reconquistar a classe média, o que ela devia ter feito com trabalho, quando teve a oportunidade de ser a governante dessa São Paulo.
Poxa... tanto assunto e eu fui escolher criticar políticos do PT. Que falta de originalidade...
Bom pelo menos essa crítica vem de alguém que sempre votou no PT.
Sim, eu votei no Lula e me lembrarei sempre de sua primeira posse... me emocionei diversas vezes com a esperança de que as coisas melhorariam.
Lêdo engano... o poder corrompe as idéias e as pessoas transformam seus mandatos em um jogo no qual os envolvidos querem é ganhar a qualquer custo.. qualquer, sem dar a mínima para a torcida...

Ah.. também votei na Martha e me xinguei muito quando, logo após não ter sido re-eleita, abandonou de forma irresponsável todas as obras inacabadas pela cidade demonstrando que o que mais queria era o cargo e não a melhoria da cidade, sendo as obras, um meio para conseguir se manter no poder.

Haja estômago para aguentar todas as promessas de todos os lados tudo de novo...
Já era hora da gestão de uma cidade importante como São Paulo ser cuidada com carinho. É muita gente sendo desrespeitada em seu direito básico de cidadania... e alguns poucos que só querem se eleger.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

é Campeão!!!

Domingo foi um dia gostoso...
Tempo bom, céu claro, friozinho e a expectativa de ver algo que há uns 9 anos não via... a expectativa de sentir algo que há uns 9 anos não sentia... a emoção de ver o Palmeiras campeão.
Meu filho já tinha visto até o Brasil ganhar a Copa, mas ainda não tinha tido a experiência de ser campeão.
Para muitos isso é besteira... mas para quem torce por um time e sofre com o pouco caso de jogadores descompromissados, com os desmandos de dirigentes, com técnicos mal preparados, sabe o quanto é importante ver o Marcos, goleiro, por exemplo, quase engasgando de tanta vontade de ser campeão com a bela camisa verde (na verdade a dele, até pela tradição do clube, é azul hehehe). Parabéns para a gente... afinal: é Campeão!!!

terça-feira, 15 de abril de 2008

O Caso Isabella...

Nesses últimos dias temos sido inundados com um número de matérias, reportagens e coberturas dos mais variados estilos sobre o crime que vitimou uma criança que sorria e que teve a infância roubada por alguém.
O caso é muito triste e, como se não fosse o bastante, a cada telejornal, a tristeza aumenta proporcionalmente à crueza dos fatos e dos detalhes que nos são apresentados como se estivéssemos assistindo a um episódio do CSI, porém com uma diferença... esse é de verdade.
Até que ponto a informação precisa explorar tanto a tristeza coletiva que é ter uma criança assassinada? Até que ponto é necessário ficar de plantão (e com isso estimular que outros o façam) na porta da casa dos envolvidos? Até que ponto um telejornal que é transmitido às 19h00, horário em que nossos filhos estão na frente da TV, precisa mostrar tudo o que têm mostrado com todos os detalhes que a tecnologia e a mídia possibilitam?
Nã sou contra a informação, mas acho que seria interessante algum tipo de reflexão.
Não adianta, depois do fato consumado, da exposição feita, ficar entevistando uma série de psicanalistas e publicando orientações para os pais consertarem o estrago.
Não só as crianças estão assustadas... nós adultos também estamos. A diferença é que nós temos um pouco mais de repertório para lidar com a tristeza, com a frustração e com o bizarro. E elas? Elas esperam que a gente consiga mediar um pouco todo esse fluxo ajudando-as a fazer um pouco mais de sentido de tudo isso... diminuindo o grau de incompreensão que domina a todos.
Novamente, não sou contra a informação. Sou contra o show mórbido que muitas vezes se faz em cima da tristeza.
E que se aproximem as câmeras... fechem o foco... talvez caia uma lágrima de alguém...

segunda-feira, 7 de abril de 2008

de Marvada a Doutora...

Quando comprei minha moto, entrei na Comunidade "Eu tenho uma Vulcan 750" no Orkut.

Nessa comunidade todas as motos tinham nome e ao me apresentar disse que a Marvada ainda não tinha.

Pronto... alguém leu e disse: você pode até não perceber, mas tem sim... e a minha moto ficou conhecida como "Marvada" ... não tinha outra opção, então fui deixando.


Mas não é que de Marvada a Doutora não tem nada?


Ela me leva para passear, me distrai, alivia o stress... ela tem mais a ver com uma Doutora do que com uma Marvada. E além disso, Doutor que se preze tem que ter uma moto, pelo menos com a mesma titulação... Chamá-la de livre docente ia ficar estranho, então, de hoje em diante, a Marvada passa a ser chamada de Doutora.


Se quiserem conhecer a Doutora... aqui está:





quinta-feira, 27 de março de 2008

oito anos...

Há 8 anos uma coisa muito legal aconteceu na minha vida.
Nasceu meu filho Rafael.
Hoje pela manhã acordei com ele e ao olhá-lo começou a passar um filminho pela minha cabeça.
Lembrei de muitas coisas pelas quais passamos nesse tempo, da primeira vez que o vi, do primeiro toque de minha mão nele, do primeio cheiro... lembrei do seu peso nos meus braços, lembrei do seu olhar, da sua expressão, lembrei do choro, do tamanho de sua mão, de seus pézinhos...
Lembrei a responsa que foi dirigir com ele no banco de trás pela primeira vez quando saímos da maternidade. Lembrei da primeira vez que o colocamos no berço.
Lembrei da carinha dele suja de funchicória e do sorriso dele com aquele pózinho doce... Lembrei de muitas coisas.
São oito anos de alegria e estou feliz por olhar para ele e vê-lo crescendo e tornando-se uma pessoa boa, de bem, um menino alegre e que ri.
Olho e fico orgulhoso de suas conquistas, e fico orgulhoso da gente porque acho que estamos trilhando um caminho legal, um caminho que não sei onde vai dar, mas um caminho que deixará recordações boas.
Quando fiz oito anos me lembro que ganhei, ao todo, 18 camisetas de presente.
Não sei do que ele vai se lembrar de seus 8 anos, mas espero que ele se lembre do amor que sinto e do quanto ele é querido. Espero que ele saiba que sempre que ele quiser sorrir, ele pode me procurar... estarei lá para fazer cócegas nele ou simplesmente estarei lá para ele, com ele.
Parabéns Rafa...

terça-feira, 18 de março de 2008

amor...

Agora há pouco, no trabalho estava com o rádio ligado quando começou a tocar a música Beautiful Boy, que John Lennon fez para seu filho Sean.
Parei para respirar fundo e curtir um pouco dessa expressão de amor.
É tão gostoso ouvir e pensar no meu filho. Acho que se tivesse que gravar um CD com algumas músicas selecionadas para ele, essa estaria lá.
Fico imaginando... daqui há muitos anos, ele escutando essa música e curtindo o meu amor por ele.
Tem coisas que a gente só percebe mais tarde e uma delas, na minha opinião é perceber em algumas ações o amor que essas ações contém.
Para quem não conhece a música, copiei a letra aqui...
....................................................................................................
Beautiful Boy

Close your eyes,
Have no fear,
The monsters gone,
He's on the run and your daddy's here,
Beautiful, Beautiful, beautiful, Beautiful Boy,
Before you go to sleep,
Say a little prayer,
Every day in every way,
It's getting better and better,
Beautiful, Beautiful, beautiful, Beautiful Boy,
Out on the ocean sailing away,
I can hardly wait,
To see you to come of age,
But I guess we'll both,
Just have to be patient,
Yes it's a long way to go,
But in the meantime,
Before you cross the street,
Take my hand,
Life is just what happens to you,
While your busy making other plans,
Beautiful, Beautiful, beautiful, Beautiful Boy,
Darling, Darling, Darling Sean.
..............................................................................................

A única coisa que mudaria nessa letra é substituir Sean por Rafa.
Darling, darling, darling, darling Rafa.

segunda-feira, 10 de março de 2008

as primeiras 1000 milhas

Na semana passada alcancei uma marca legal.
Depois de mais ou menos 6 meses, cheguei à marca de 1000 milhas com minha moto.
Até aí... pode-se pensar que nada de mais...
Mas pensando um pouco fiquei feliz. Voltei a pilotar depois de 21 anos, ou seja, foi uma decisão muuuiiiittttooo pensada. Voltei a pilotar da forma mais quadrada possível, com grande dificuldade em algumas curvas, e tudo que alguém com pouquíssima prática sofre.
Com cuidado, responsabilidade e prazer fui recuperando o que sabia e hoje estou muito mais relaxado (o que não implica em descuido).
E foi nesse processo que cheguei às 1000 milhas, 1600 km de vários caminhos em São Paulo. Foram muitas árvores vistas de uma perspectiva diferente, bastante vento, poluição, Sol... enfim, 1000 milhas de experiências; 1000 milhas em São Paulo...

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

coisas que são possíveis...

Ontem encontrei uma colega minha, que sempre foi muito forte, pra cima, bem humorada, e tudo mais.
Mas ela não estava legal. Depressão.
Mexeu comigo ver o que esse mal pode fazer, a insegurança na qual se fica, na incerteza na qual se vive. Fiquei triste.
Mas, por outro lado essas coisas ajudam a gente a se lembrar de uma palavra: limite.
Temos um limite e se a gente insiste em forçar, uma hora ou outra ele nos força a dar uma parada.
Coisas que são possíveis...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

preparar para a vida

Ontem estava eu em uma reunião na escola de meu filho. A diretora contava do projeto pedagógico da escola e da opção pela extensão do trabalho de professores polivalentes até a sexta série, o que deixou alguns pais preocupados, mas sobre isso falo outro dia... hoje queria me deter em uma pergunta de um pai... o dado é que a escola tem como fama não preparar os alunos para o vestibular e nem incentivar em sala de aula a competitividade agressiva em torno de objetivos pessoais, mas sim em direção ao bem comum. A pergunta foi nessa linha: porque que a escola não se esforça para preparar os alunos para a vida? Isso porque todos sabemos que o vestibular existe e que lá fora a briga é feia.
Fiquei pensando... sabemos disso, mas será que temos que concordar e reforçar esse aspecto? Isso porque se eu me proponho a preparar as crianças para esse contexto, me proponho a perpetuá-lo... talvez até sem perceber, eu concordo com ele.
Será que preparar para a vida se resume a treinar os jovens para se sair bem em uma prova? Será que preparar para a vida é exacerbar nas crianças a pressa por chegar na frente dos outros e ser um vencedor solitário em detrimento de outros (os perdedores ou fracassados)?
No vou entrar no mérito, discursivamente já entrando, de quem está certo... só acho uma pena que haja opiniões nessa linha e, o pior, que crianças de diversas escolas estejam sendo, prioritaria e especificamente, preparadas para isso.
Competir existe e pode ser gostoso, mas há tantas outras coisas entre a competição e a linha de chegada...

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

sonho bom...

Uma colega de trabalho super legal está nos deixando.
Ela fez pedagogia e tem o sonho de ser professora. Está pedindo demissão de um emprego no qual ganha mais para ir atrás de seu sonho.
Está trocando um emprego por uma profissão.
Isso é muito legal... vai dar o maior trabalho ficar sem a organização e o bom humor dela, mas é ótimo saber que uma pessoa tão boa de coração e dedicada vai trabalhar como professora de 1a série em uma escola pública na periferia de Guarulhos.
Essas crianças têm sorte. O Estado tem sorte.
Apesar de tudo pelo que passam os professores que atuam na Rede, sempre aparece alguém que tem como sonho ser professor.
E olha que não estou falando de vocação. Acredito mais no profissionalismo que em uma missão... o que não exclue a busca do sonho. Um sonho de ser profissional e crescer na carreira não importando em que circunstâncias esse trabalho se dará.
Hoje de manhã ela estava contando de seu primeiro dia. Ouvi, ouvi, ouvi e antes de sair falei comigo mesmo: "que legal... mais uma pessoa feliz!"

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

na Castelo...

Ontem estava a fim de acelerar um pouco mais. Saí da Marginal Pinheiros e segui pela Castelo Branco com a Marvada, minha moto.
Ia tranquilo até que percebi que o outro lado da estrada estava super parado em virtude de um acidente.
Voltei por dentro de Barueri, cheguei em Alphaville e peguei a estrada sentido Sampa novamente.
Ao chegar em casa vi na TV o que tinha acontecido. Um bancário de 37 anos, viajando sentido interior-capital, repentinamente, fez uma curva na pista em que estava e voltou em alta velocidade na contramão. Por quatro quilometros muitos se assustaram, mas conseguiram desviar, até que um caminhão não conseguiu e a jornada terminou com a morte do suicida.
Isso mexeu comigo... e não porque estava perto do ocorrido, mas sim por tentar imaginar o que pode levar a alguém a uma atitude desesperada dessa... uma atitude que além da própria vida poderia ter causado tanto dor e sofrimento a outras pessoas... não sei, e nem consigo imaginar.