O populismo carcome
tudo.
Produz alguma
satisfação no curto prazo, mas gera mortes, assassinatos de crianças, grávidas
e vereadoras. Gera desemprego, falsas ilusões.
O populismo na momento
seguinte desencanta, desespera, desatina. Tira crianças da escola, tira educadores
da vida. Põe professores na rua. Tira comida da mesa, água da torneira. Espalha
merda na rua, sujeira nos rios e medo nas nossas almas. Inverte tudo.
Desestabiliza.
O populismo não é de
direita ou de esquerda. O populismo é do mal o populismo faz baixar a nuvem
cinza que atordoa e atrapalha a visão. Não sei o que vejo, o que vê, o que é
visto. Não vejo. Só sinto e não sinto (o) bem.
Se a solução para
questões importantes passa por um projeto de Estado, a irresolução se apoia no
populismo.
O que me preocupa mais
é que não temos para onde correr. Como diria Itamar Assumpção: Não há saídas,
só ruas, viadutos e avenidas. Ruas sujas, viadutos que caem e avenidas cinzas.
Os partidos mudam de
nome, deixam os Ps de lado em suas siglas e o Povo de lado no seu dia a dia. Não
fazem nada a mais que cuidar de sua própria subsistência.
Projetos de poder,
projetos para nos foder vêm de todas as partes. Mas o importante é eliminar a
moça do BBB com 94% dos votos, ou derrubar o técnico do seu time de coração.
Políticos do bem (deve
ter alguns, por aí, não é possível, meu Deus) que não serão votados, folhas de cadernos
que não serão escritas, livros que não serão lidos, panelas que não serão
usadas, pratos que não serão enchidos, copos que não serão bebidos, sorrisos
que não serão dados, alegrias que não serão compartilhadas, notícias que não
serão dadas, histórias que não serão contadas. Misérias que não serão extintas,
até porque commo diriam os Titãs: “miséria é miséria em qualquer canto. Riquezas são diferentes.”
É... o populismo carcome tudo... tudo.
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